terça-feira, 28 de julho de 2020


31.

Aqui, onde os relógios mal respiram
Despertam as promessas enfadonhas
Desvanecem as nuvens concretas
Recordo ideias abstractas, inatas.
Insisto no voo circular das mágoas
Invisíveis aos corações magros

Aqui, onde os relógios mal respiram
Exaltado pelas palavras acesas
Dos que não escutam as almas
Ouço os teus passos em sobressalto
Como um suspiro inesperado
Depois dos longos silêncios

Aqui onde os relógios mal respiram
Revelo mil gestos condenados
Sob as nuvens órfãs e amadas
Tempestades da mente sugadas
E espero, e repouso no horizonte
Aguardo uma fresta, uma estrada


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Aqui Onde Os Relógios Mal Respiram

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