terça-feira, 28 de julho de 2020


76.

Porque insisto em súbita agonia
Devorar o ar que me envolve e apoquenta
Os pulmões gelados, irritação
Sangue que amorna e adormece

Uma ponte, uma nuvem, um rasto,
O deambular sonolento dos argumentos gélidos
A morte entre as sílabas obscuras de luz
Alma sibilante, sussurrante, inflamada
Numa caixa calar para sempre o sol

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