terça-feira, 28 de julho de 2020


16.

No mais fundo da tua superfície
Cores lentas iluminam as nuvens
Que empurram sem culpa
O desnorte dos ventos lamentos
Montados nas bestas polares

Ouvi dizer que o mensageiro morreu
Entre os espaços de espaço nenhum
Que não era só um, os outros perdeu
E na espera teimosa insistiu em pintar

De cores lentas o mar e de azul aclarar
As ideias daninhas, fininhas, mesquinhas
Que mataram as outras no cimo das caves
Entraves para sempre marcaram as faces

E agora que se erguem as saídas vedadas 
Em tudo lembradas e por nada zangadas
A mensagem perdida nunca entendida
Repousa ofendida pelas mãos e pelos nãos

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