terça-feira, 28 de julho de 2020


29.

Atormentado
Pelas emanações do mundo
Gordurosas percepções
Ficou no topo
Da esquelética árvore
Contemplou
Os inesperados abusos dos homens
Sob o olhar atento do ciclope
Já torpe, lento, sem tempo
O desalmado já não desce
Para nos confidenciar esperanças
Somos nós agora
Que lhe trepamos as tranças
Da fé, pois é, tome o seu café
E cale-se!

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