28.
Ando,
flutuo, esvoaço
Pelas
cidades ocultas da cidade
Montado
na luz tremida
Levado
pela mão estendida da memória
Litíase
caótica, montureira de nada
Estreito,
espreito o suspeito
Por
detrás das casas sem laços
Entre
elas só há embaraços de gente
Dormente,
que não sabe se sente
Mas
entende que tudo tem fim
Salto,
calco, recalco
Subo
colinas no fundo
Quero
saber se ainda existo
Entre
os braços do mar eterno
Esse
que já não vejo, apenas oiço
Música,
o puzzle da alma
Avanço,
não danço, caio em falso
Na
rua, pútrida, exangue
Que
não corre, porém, escorre misérias
No
tempo, no espaço sem cruz
Ficarei
para sempre pregado
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