47.
Arrancada
à noite
Vem
demorada
A
escura e ansiosa madrugada
Se o
sol assim quiser
Tornar-se
noite
Melhor
será emudecer
Esperar
um outro renascer
O
céu e o inferno já conheces
Mas
no deserto eterno permaneces
Não
lances entre nós
A
areia das palavras
Pois dura há-de ser a espera
E vã será esta quimera
As
horas que este dia
Em
vão consome
Contraem
o tempo cru
No
espaço informe
E a
noite que se abre em luz, já cansa
A
longa ausência não seduz
Renasce velha, uma criança
O
mundo já não cabe nestas mãos
O
sol e a lua já não são irmãos
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