terça-feira, 28 de julho de 2020


59.

Tenho a sede das árvores
Nesta noite de murmúrios
A virtude das mãos imersas
Contrastam com o olhar fixo
Nas raízes aéreas da dúvida
Presa impotente sem canto

Tenho a fome da terra original
Nesta noite de sol moribundo
Ordeno-lhe que não se revele
Na manhã envergonhada
E num golpe derradeiro dissolva
O que resta da alma podre

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