60.
Uma
pomba no asfalto
Do
ocidente cruel
Hesita,
desnorteada a fronteira
O
traço interrompido
Para
sempre, o pentágono
“Sangue
nos telhados”
Disse
o amante das guitarras
Que
silencia as dores
No
morno breu das plateias
Um
corvo à chuva
Chora
sobre as pedras
Jamais
voará, apenas decifra
Caminhos
de um reino à beira mar
Vasculha
os restos de Poe, Pessoa
No
mais profundo abismo
Onde
as janelas se multiplicam
Em
beijos, abraços e crianças
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