terça-feira, 28 de julho de 2020


61.

Respiro este inverno
De nuvens desenhadas
Consumidas em carvão
E sei, que quando regressares
Transparente como um sopro
Serei apenas uma réplica
Uma sílaba dispensável


Respiro este inverno
De montanhas dormentes
Que escondem no fumo
As tardes desnecessárias
Outrora tão urgentes
E sei, que se houver água
Haverá um caminho

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