terça-feira, 28 de julho de 2020


88.

Quão obscuros são os dias
Agora que a luz imperfeita
Apenas se entranha nas fendas
E não ousa acariciar a superfície

Nada sei dos desígnios alheios
O meu corpo é um tirano surdo
E a minha alma decidiu calar-se

Hoje, as palavras são tiradas a ferros
As ferramentas são frouxas
Em esconsa prisão resvalei

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