87.
As
mãos, cinzentas como um desenho a lápis
Tecem
aranhas nas teias do corpo-alma imóvel
Desejo
tábido acelerado pelo olhar vendado
Afogado
no lago da mácula primordial e última
Sabemos
nós o que nos foi revelado em suspiros
No
deserto do leito obscuro em que adormecemos
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