terça-feira, 28 de julho de 2020



87.

As mãos, cinzentas como um desenho a lápis
Tecem aranhas nas teias do corpo-alma imóvel
Desejo tábido acelerado pelo olhar vendado
Afogado no lago da mácula primordial e última
Sabemos nós o que nos foi revelado em suspiros
No deserto do leito obscuro em que adormecemos

Sem comentários:

Enviar um comentário

Aqui Onde Os Relógios Mal Respiram

2008-2012